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Minas Gerais iniciou o ano com um saldo positivo de empregos

Por: FCDL MINAS GERAIS

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na terça-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Previdência, apontam para um saldo de 35.087 postos de trabalho no Estado no primeiro bimestre de 2022.

O desempenho positivo nos dois primeiros meses se deve à diferença entre 399.259 admissões e 364.172 desligamentos. Em janeiro, foram menos 1.590 vagas no mercado, diferença entre 180.004 admissões e 181.594 demissões. E que foi compensada pelo resultado positivo de fevereiro, quando 219.255 trabalhadores foram admitidos e 182.578 foram demitidos em Minas.

Alguns pontos chamam a atenção nos dados do Caged sobre o mercado de trabalho no primeiro bimestre de 2022, começando pela eliminação, neste período, de 9.826 vagas no comércio. Segundo o analista de Estudos Econômicos da Fiemg Walter Horta Motta Filho, a redução se deveu basicamente a três fatores.

O primeiro é um evento sazonal, que acontece em todo o País e se refere à demissão dos funcionários temporários, contratados em novembro e dezembro para atender à demanda de final de ano. “Em Minas, outro fator que impactou negativamente o comércio foram as fortes chuvas, que prejudicaram a produção, inclusive das mineradoras, além da Ômicron, que também reduziu a atividade econômica”, observa Motta Filho. “No Brasil, foi diferente e o saldo geral foi positivo para o comércio neste período”, ressalta.

Em compensação, o setor de serviços teve um forte crescimento, com a geração de 27.768 novos empregos, uma recuperação certamente atrelada à reabertura da economia. “O destaque está na volta das atividades presenciais nas escolas; o subsetor de Educação foi o que mais contratou, foram 9.340 novas vagas ou um terço dos empregos gerados pelo setor de serviços”, informa o analista.

A geração de empregos na indústria, por sua vez, deu uma guinada negativa, quando comparada ao ano passado. No primeiro bimestre deste ano, foram 9.852 novas contratações, enquanto, em 2021, elas somaram 25.973. Para Motta Filho, da Fiemg, o contexto também é diverso. “No ano passado, nós tínhamos o benefício emergencial e outras medidas para incentivar o consumo. Trancadas em casa, as pessoas deixaram de consumir serviços para adquirir bens, e alguns setores da indústria se beneficiaram desse cenário”, diz.

“Neste segundo momento, com a reabertura da economia, as pessoas voltaram a circular e a consumir serviços. Neste processo, a geração de vagas na indústria se normalizou, enquanto o setor de serviços, beneficiado pela cobertura vacinal, volta a ser o grande gerador de vagas de trabalho na economia”, completa o analista.

De maneira geral, o comportamento do mercado de trabalho em Minas Gerais no primeiro bimestre foi pior que o registrado no mesmo período do ano passado. Em janeiro e fevereiro de 2021, foram gerados o dobro de empregos deste ano: 71.254. No mesmo período de 2022, a agropecuária teve um saldo positivo de 2.539 empregos e a construção criou 4.754 novas vagas de trabalho, diferença entre 51.440 admissões e 46.686 demissões.

Fonte: Diário do Comércio

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