Por: FCDL MINAS GERAIS
Somente nos primeiros 11 dias do ano, Minas Gerais registrou 53.395 casos de Covid, mais do que o triplo contabilizado em todo o mês de dezembro de 2021.
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou, entretanto, que não há orientações para a retomada de restrições em municípios mineiros.
Ainda não há sinais de novas restrições em Belo Horizonte e outras cidades porque o crescimento de casos de Covid não é o único indicador levado em conta pelos gestores públicos. Desde junho, a capital mineira vem adotando como parâmetro a taxa de normalidade, atualmente mensurada em 85%, em uma escala de 0 a 100%.
A taxa de normalidade é baseada em seis parâmetros: taxa de incidência de novos casos por 100 mil habitantes, tendência de novos casos, mortalidade por 1 milhão de habitantes, letalidade global da Covid, tendência da mortalidade e percentual da população plenamente vacinada com as duas doses.
O cientista de dados e professor da PUC Minas Braulio Couto foi um dos criadores da taxa, junto ao infectologista Carlos Starling. Ele explica que a incidência de casos de Covid cresceu vertiginosamente, mas os outros parâmetros permanecem estáveis, fazendo com que a taxa não caia tanto. “A taxa de ocupação de leitos foi muito importante especialmente no início da pandemia. Mas ela varia conforme o número de vagas disponíveis. Por isso, foi importante desenvolver outros parâmetros”, diz.
Monitoramento
A taxa de normalidade é recalculada semanalmente para todos os municípios de Minas Gerais, conformes os dados disponibilizados pela Secretaria de Estado de Saúde. Braulio Couto conta que, além das prefeituras, existem gestores privados que estão utilizando o indicador para definir se a equipe pode retornar ao presencial ou ficar no home office.
Fonte: Jornal O Tempo
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